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segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Partida



No silêncio, um barulho imenso
Na calmaria, um furor intenso
No baixar de olhos, um amor contido
No sentimento, um desalento
Na proximidade, uma distância dolorida
No grande amor, um sentimento leve
Na partida breve, um peso morto
No adeus tardio, um lançar-se ao solo
E, nas muitas lágrimas, um jorrar de poesia.




segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Sopro



Não era amor
Nem mesmo desejo
Não sei o que foi, na verdade
Nem sei se foi verdade
Só sei que ainda não lhe dei um nome
Sei que foi alguma coisa
Talvez uma faísca
Talvez uma brisa
Ou, quem sabe, um sopro apenas
Ainda não lhe dei um nome
Mas sei que apesar da rapidez com que passou
Senti que queimava
Senti que me aliviava
Agora, sinto que se foi
Foi apenas um sopro.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

A Mudez do Verso


A verdade é que o teu silêncio me apavora.
Tenho tanto a dizer, mas a tua timidez,
Aliada a minha paralisa-me a língua.
Vejo teus olhos me olharem vacilantes.
Teus passos num compasso de 'vai e volta',
Só aumentam minhas dúvidas.
E, enquanto observo tua indecisão,
Fico na dúvida se falo ou se calo.
Então, escrevo.

Quem sabe você leia.

terça-feira, 7 de abril de 2015

Do Amor Revelado




Ah, coração...
Que fazes tão gélido ante a face deste amor presente?
E como te manténs indiferente em resposta aos lábios que te sorriem?
É possível que não percebas, em ti, os olhos fixos da amante de tua alma?
E não te aceleram as batidas ao suave toque das mãos que se apertam?
Não se te atiçam os ouvidos quando ouves teu nome na voz daquela que te tem afeto?
Será que não vês e não ouves e não sentes aquela que em oculto, silêncio e brandura
Revela seu amor por olhares, sorrisos e palavras mudas?

Ah, coração...
Como reagirás lendo está carta e descobrires que sou eu, aquela que te ama?


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Abrigo





Feito sal que se diluí em água;
E como a terra que suga a chuva;
Quero de um único mergulho,
Me encharcar em um amor ainda não descrito.

E como um barco que,
Em meio a um mar revolto
Atraca, finalmente, em porto seguro;
Anseio por encontrar abrigo – Em meio à fúria dos dias –
Nos braços firmes de um amor tranquilo.

Não peço em demasia. Apenas um desejo:
Que assim como frágeis passarinhos,
Que em meio à brava tempestade, se refugiam em seus ninhos;
Possa eu, abrigar-me de mim, em um seguro amor.




sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Em mim...


Se em mim buscas abraços,
Hás de encontrar afagos.
Se buscas grandes feitos de amor,
Encontrarás pequenos bilhetes na porta da geladeira.
Ah, e se buscas equilíbrio,
Encontrarás, na verdade, calmaria e ventania
Em grandes quantidades.
Se buscas rima, eu desencontro. 
Se buscas descrição, eu rio alto.
Ah, mas se buscas contradições,
Encontrarás, sem dúvida, um oceano repleto delas
Em mim.


terça-feira, 7 de outubro de 2014

Teu Olhar




É que olhando pra você
Pude ver um novo caminho
E sinto que posso trilhá-lo
Apesar do medo que muitas vezes me paralisa
Olhando pra você percebo que posso ser livre
E é na calmaria do teu olhar
Que eu encontro descanso